segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Os limites do corpo

Correr longas distâncias sem acelerar demais o pique faz bem. Apesar de existirem evidências de que maratonas estressam o coração, nada leva a crer que elas colocam em risco a vida de pessoas saudávei

Correr longas distâncias sem acelerar demais o pique faz bem


Por Carlos Amoedo

Os tendões podem inflamar e a dor nos joelhos fará você questionar a corrida que pratica quase que diariamente. Se a coluna também reclamar, você vai querer correr menos.  Pesquisa recente feita no Brasil com corredores amadores revelou que 20% dos homens e o mesmo percentual das mulheres já sofreram tendinite (inflamação dos tendões, extremidades que unem os músculos aos ossos) nos joelhos. Mais: 17% dos corredores e 13% das corredoras reclamaram de dor na coluna.
Até aí, nada muito alarmante ou capaz de fazer com que você aposente o seu de tênis de última geração com efeito amortecedor e deixe de correr de uma vez por todas.  Mas quando estudos realizados nos últimos cinco anos nos EUA apontaram que entre quatro e oito maratonistas em um grupo de 1 milhão sofreram parada cardíaca e morreram é impossível não questionar os limites de seu corpo para suportar corridas longas. "Nem todas as pessoas podem correr maratonas. Trata-se de uma atividade para poucos", avisa o doutor Patrick Goh, fisiologista do exercício do centro médico do hospital Gleneagles, em Singapura, colocando mais lenha na fogueira.
Outro médico, Teh Chuan, do departamento de medicina esportiva do hospital Alexandra, também em Singapura, tem opinião parecida: o corpo humano não foi feito para enfrentar corridas longas, como é o caso de uma maratona, cujo percurso é de 42,195 k. Segundo ele, cedo ou tarde a maioria das pessoas apresentará algum tipo de problema ao insistir nesse tipo de prova. Os danos vão de simples tendinites até a falência das células cardíacas que, em outras palavras, significa morte certa.
 Em 2006, pelo menos seis pessoas morreram do coração fazendo maratonas nos Estados Unidos.  E estudos conduzidos por médicos da Universidade de Harvard, com participantes da maratona de Boston, levantaram evidências de que as corridas de longa distância estressam o coração. Os pesquisadores encontraram na membrana das células cardíacas dos maratonistas estudados uma quantidade elevada de um complexo de três proteínas conhecido como troponina, produzido quando o coração está fadigado ou há deficiência de energia.
É certo que um número cada vez maior de corredores em todo o mundo participam de maratonas, conseguindo completar o percurso exigido. Para se ter uma ideia, em 2005, cerca de 380 000 corredores cruzaram a linha de chegada em Boston.  Cinco anos antes, 300 000 maratonistas haviam completado o percurso da prova. Em quase meia década de maratonas, o número de pessoas que desafiou e venceu a distância de pouco mais de 42 k subiu para 80 000.
 É de se esperar, portanto, que os casos de lesões, entre outros problemas decorrentes da corrida, acompanhem o crescimento do número de adeptos da maratona. Mas o argumento não alivia a sensação de perigo e tampouco cala a pergunta: podemos, de fato, correr cada vez mais sem cair duro?

Devagar para correr sempre
Não há dúvidas de que correr faz bem. Existem, em todo o mundo, milhares de estudos que apontam os benefícios do esporte. Aos adeptos das maratonas, há muito mais vantagens do que prejuízos, garante a maioria dos especialistas. Correr ajuda a combater a gordura que conspira contra os órgãos vitais do corpo, controla os níveis de colesterol e fortalece o coração. A análise de eletrocardiogramas de corredores com mais de 70 anos não deixa dúvidas: o músculo cardíaco dessa turma está mais forte do que de muitos quarentões que não fazem da corrida um hábito diário. Sem contar a aparência mais jovial e a disposição sem fim daqueles corredores que já engrossam as fileiras de idosos.
O problema, portanto, não é definir se correr faz bem para a saúde, mas descobrir quanto e como correr de modo a colher apenas os benefícios da atividade. Segundo André Vazquez, treinador e maratonista com  cerca de 50 provas completadas ao longo de sua carreira, correr longas distâncias não prejudica a saúde. As complicações acontecem quando os percursos como os de uma maratona são feitos em alta velocidade. "O corpo humano, quando saudável, consegue, sim, para suportar grandes distâncias. E, nesse sentido, o percurso de uma maratona pode até ser considerado curto. A questão é saber se todos estão preparados para completar uma competição dessas com tempos próximos aos dos grandes maratonistas, ou seja, em pouco mais de duas horas", diz ele.  O ideal, segundo Vazquez,  é manter um ritmo entre 7 k e 12 k por hora. "Isso significa correr cada quilômetro entre cinco e oito minutos", completa Guilherme Arnone, professor de musculação e maratonista de São Paulo.
Nessa velocidade, garantem os dois atletas, é possível disputar várias provas de longa distância sem correr o risco de o organismo envelhecer precocemente em função da produção de radicais livres ou de desgastar as articulações,  principalmente as dos joelhos. "Na maioria dos casos, os grandes maratonistas, campeões do esporte, acabam se aposentando antes dos 40 anos", diz Vazquez. "A velocidade com que percorreram as provas das quais participaram gerou, ao longo de suas vidas, uma quantidade absurda de radicais livres, devido ao altíssimo consumo de oxigênio necessário para produzir a energia que o corpo desses atletas necessitava."
Radicais livres são moléculas adulteradas geradas pelo próprio organismo nos processos de produção de energia nos quais o oxigênio é uma das principais matérias-primas. As moléculas acabam alterando o bom funcionamento das células, envelhecendo e enfraquecendo os órgãos.

O benefício da distância
Malissa Wood, médica e diretora do centro de saúde do coração de mulheres do Hospital Geral de Massachusetts e professora da Escola de Medicina de Harvard, nos EUA, acredita que as pessoas que apresentaram sinais de fadiga no coração após as maratonas não estavam devidamente treinadas para uma prova de longa distância. Como uma das responsáveis pelos estudos feitos com os corredores que participaram da maratona de Boston, publicados na revista da Associação Americana do Coração, Malissa saiu em defesa das provas de longa distância. Segundo a médica e pesquisadora, o fato de o coração apresentar sinais de estresse não significa que ele esteja em apuros. "Novos estudos feitos com os corredores que apresentaram sinais de desgaste em suas células cardíacas mostraram que os corações saudáveis conseguem contornar o estresse de modo a que os danos não sejam permanentes", explica ela.
Os estudos posteriores com os participantes da maratona de Boston mostraram, ainda, o que parece ser mais importante para a defesa das corridas de longa distância: esses danos, associados ao aumento dos níveis de troponina, eram maiores nos corredores que percorreram cerca de 56 ou menos quilômetros por semana no período de preparação para a prova. Aqueles atletas que correram 90 ou mais quilômetros nas semanas que antecederam a maratona apresentaram muito menos sinais de estresse cardíaco.
Os dados mostram que corações saudáveis e treinados para suportar o esforço de provas longas como a maratona não correm risco de morte. Malissa, que tem 46 anos e é mãe de quatro crianças, costuma correr, até hoje, cerca de  64 k por semana. Ela espera continuar correndo até completar, no mínimo, 75 anos. Afinal, a médica não tem dúvidas de que correr com segurança é o melhor exercício que existe para o coração e para a saúde.
Mas não se engane: corredores veteranos devem manter um programa consistente de treinamentos caso queiram continuar participando de maratonas. Já os novos corredores, os que estão retornando às atividades depois de um período de descanso (ou não correm regularmente), aqueles que estão acima do peso, têm de pressão alta ou diabetes jamais deveriam arriscar-se em longas corridas sem passar por um médico e se submeter a uma série de exames periódicos. Isso, segunda a doutora Malissa, pode fazer toda a diferença e decidir quem sobrevive a várias maratonas.

Desafio sem limites
Correndo se vai cada vez mais longe. Comparada às ultramaratonas, que ganham cada vez mais adeptos em todo mundo, as maratonas podem ser consideradas corridas de amadores. Entende-se por ultramaratona toda prova com distância superior a da maratona, ou seja, mais de 42 195 m. O percurso das ultramaratonas costuma variar entre 50 e incríveis 2 000 k. Assim como na maratona, o objetivo é percorrer essas distâncias no menor espaço de tempo. Mas existem as provas pautadas no tempo e que podem durar entre 6 horas e 10 dias. Nesse caso, os atletas dispõem de um tempo pré-determinado para percorrer a maior distância possível.
Assim como as maratonas, as ultramaratonas buscaram inspiração na Grécia Antiga, quando era comum os mensageiros percorrerem até 500 k para trazer ou levar notícias. "Qualquer pessoa saudável, que não tenha problemas de obesidade, por exemplo, pode se preparar e correr uma maratona. Se não houver preocupação com o tempo e a meta for apenas cruzar a linha de chegada, é possível dá para participar de uma maratona após seis meses de treinamento", diz o maratonista Vazquez. Esse também é o período de preparação para aqueles que desejam correr uma ultramaratona baseada no tempo. Agora, se a meta for participar de um prova  pautada na distância,
a preparação será feita de acordo com os quilômetros a serem percorridos. "Uma ultramaratona de 100 k, por exemplo, exige cerca de cinco anos de treinamento regular. E, de preferência, só deve ser enfrentada por aqueles que já passaram pela experiência de algumas maratonas", diz Vazquez.

Notícias de Harvard
Os estudos feitos nos Estados Unidos por profissionais de Harvard, como a doutora Malissa Wood, analisaram 60 maratonistas sem histórico de doenças do coração que participam da maratona de Boston em 2005 e 2006.
Por quatro meses, esses 41 corredores e 19 corredoras foram monitorados no período de treinamento.
Eles foram submetidos a exames de sangue e a eletrocardiogramas com o objetivo de mapear o desempenho de seus corações antes e depois da corrida.
O grupo correu várias vezes a distância de uma maratona com os tempos variando entre três e seis horas.
O resultado final dos exames mostrou sinais de estresse no coração desses atletas.
Mas nenhum deles apresentou qualquer evidência de falência das células cardíacas em decorrência da corrida.

Cuide dos seus pés

Saiba como evitar que eles fiquem machucados e o impeçam de competir e treinar

Cuide dos seus pés


Por Lygia Haydée
Instrumento de trabalho dos corredores, os pés são os que mais sofrem com a prática desse esporte, e não por acaso. São eles que dão sustentação ao corpo e padecem com o impacto no chão. Para que se tenha uma ideia, cada um deles bate contra o solo mais ou menos 15 000 vezes a cada 16 k corridos, com uma força que chega a quatro vezes o peso do corpo. Não é à toa, portanto, que fiquem doloridos e frequentemente sejam acometidos por lesões. Mas, por mais que sejam essenci­ais para quem pratica o esporte, são poucos os que se preocupam com possíveis machucados. "Os pés são muito maltratados. Às vezes, até esquecemos que existem", brinca Flávio Freire, diretor-técnico da Flávio Freire Assessoria Esportiva, em São Paulo.
De acordo com Ana Paula Simões, ortopedista especializada em pés da Taktos Medicina Esportiva, as lesões geralmente ocorrem por falha no treinamento, por condicionamento físico inadequado, técnica de corrida ou pisada er­­­­radas, que podem levar o atleta a forçar um dos membros mais que o ou­­­tro, e uso de tênis ruins (leia ao lado). "Treinos em pisos rígidos também são uma das causas de lesões", comenta.
Freire explica que os exercícios de fortaleci­mento são essenciais para que o atleta não te­nha problemas futuros. O treinador dá uma sugestão: andar descalço por algum tempo. "É bom ca­minhar com o pé no chão de vez em quando, porque o uso de calçado faz com que ele fi­que acostumado e acomodado, o que não proporciona o seu fortalecimento", lembra. Uma das maneiras de prevenir dores e possíveis lesões é fazer uma avaliação médica antes de começar a praticar o esporte e manter um acompanhamento durante a corrida. "Procurar uma equipe ou personal para orientar o treino é uma ótima saída para evitar complicações", salienta Ana Paula. Outra dica é fazer um teste para saber o tipo de pé que você tem. "A avaliação é a garantia da escolha de um calçado adequado, também responsável por parte das lesões que afetam os pés", recomenda o fisioterapeuta Nelson Morini Junior, dono da clínica Reactive, de São Paulo.
Mas fique atento: se você machucou o pé e a dor for intensa ou persistir por muito tempo, procure um especialista. "É sempre importante buscar ajuda. Adotar uma solução caseira pode piorar o problema, já que a dor corre o risco de ser mascarada", indica o especialista. "Se você sente dor, é porque algo está errado e passar pelo médico não pode ser substituído por nenhum tratamento popular", alerta o fisioterapeuta.
Os especialistas afirmam que os corredores tendem a ser "teimosos" e a evitar a ajuda médica para não terem de interromper o treino. Se for preciso parar por um tempo, pare, e procure alternativas para não perder o condicionamento.
"Enquanto a lesão não estiver curada, pode-se recorrer a outros exercícios, como aqueles que utilizam a água, pois, assim, o impacto diminui e a forma física do atleta é mantida", aconselha Freire. Alongar, fazer exercícios que esquentem a musculatura e, principalmente, não exagerar nos treinamentos também são atitudes preventivas que evitam muitos dos problemas nos pés.
Higiene é fundamentalSão poucos os que sabem que desprezar alguns hábitos considerados banais podem trazer problemas para essa região do corpo. É o caso, por exemplo, da falta de preocupação com a higiene. Como os pés ficam cobertos na maior parte do dia, os fungos encontram ali um ambiente ideal para proliferarem. Por isso, é preciso secá-los bem para que as incômodas micoses não comecem a aparecer.
 "Os fungos crescem em lugares úmidos, quen­tes e escuros, como o tênis", comenta Alessandro Guerra, coordenador-técnico da rede Doc­tor Feet. O podólogo dá uma dica a quem so­fre com o problema: "Passe talco, pois é uma forma de diminuir a umidade."
Outra situação recorrente para quem corre é a unha encravada. Geralmente, ela aparece quan­do o corte é feito de maneira errada. Elas começam a ficar mais curvas e uma calosi­dade acaba por se formar no local. Pronto! É só a unha encostar nessa região sensibilizada pa­ra que as dores comecem. "É preciso acertar o tamanho da unha, mas não há um mode­lo certo de corte. Varia de pessoa para pessoa", comenta o treinador Freire.
O calo também é uma preocupação constante de quem corre. Ele é resultado do atrito contra o tênis e da pressão que os membros sofrem. Para evitá-lo, basta inibir as causas, utilizando produtos feitos com silicone, por exemplo.   
Mas o que geralmente tira o sono dos corredores são as bolhas. Alguns atletas de longa distância chegam a cruzar a linha de chegada com os pés em "chamas" e "pelados", quer dizer, sem parte da pele que cobre a sola. A melhor maneira de evitá-las é usar tênis confortáveis e que garantem proteção às deformidades e saliências ósseas do pé – lugares onde elas costumam aparecer. E, claro, proteger essas regiões mais delicadas e propensas a bolhas com um esparadrapo, por exemplo.
Não esqueça de dar atenção às meias. Evite as que possuem costura, que são feitas de náilon, um material mais abrasivo, e hidrate os pés. "O corredor que toma água adequadamente tem uma maior hidratação nos pés, mas quando há alguma fissura pelo fato de a pele estar mais sensível, é preciso reforçar a hidratação", revela Guerra. Jamais use tênis novos em uma competição. O calçado tem de ser lasseado nos treinos. Usar tênis "duros" em uma prova é praticamente garantia de bolhas.
Mesmo tomando todos os cuidados, certas vezes, elas insistem em aparecer. Nesse caso, o recomendável é que você estoure a bolha utilizando uma agulha esterilizada e pressione até que saia todo o líquido. Nunca, de maneira alguma, retire a pele. Ela protege o pé contra a entrada de bactérias. "Se ela não for estourada, pode ocorrer um acidente no meio da prova e você não conseguirá terminar a competição. As bolhas de sangue, que algumas vezes se formam, podem trazer ainda mais risco para o atleta", comenta Freire.

O corpo do esportista : a pele

O maior órgão do corpo forma uma barreira de proteção contra germes e nos protege dos impactos mecânicos e térmicos


O corpo do esportista : a pele


O maior órgão do corpo forma uma barreira de proteção contra germes (e outros organismos) e nos protege dos impactos mecânicos e térmicos (frio e calor), dos raios nocivos do sol, da perda de água e ajuda a manter a temperatura do organismo constante. Em uma pessoa adulta, ocupa uma extensão de 2 m². A espessura é variável, desde os 5 mm, nas pálpebras, até 4 mm, nos calcanhares. Sem contar a camada mais interna, que chega a pesar 4 kg.
Saiba tudo sobre a pele aqui!

O corpo do esportista : sistema endócrino


Sabia que as glândulas do corpo secretam hormônios que provocam uma reação metabólica em resposta ao exercício?



O corpo do esportista : sistema endócrino


A atividade física provoca um estímulo no organismo que, por sua vez, leva as glândulas internas e secretam hormônios. Eles viajam através da corrente sanguínea com o objetivo de provocar uma reação metabólica específica em resposta ao exercício.

Veja como elas agem em seu corpo clicando aqui!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Da mesa à linha de partida

Saiba como a sua alimentação pode ajudar, e muito, para que você tenha mais ânimo na hora da corrida





Como a sua alimentação pode ajudar na hora da corrida?


As provas de 10 k estão aí e você quer ter mais rendimento nos treinos? Pois saiba que a sua alimentação pode ajudar bastante para que você tenha o combustível necessário para a corrida, além de poder acabar a prova sem chegar quebrado. Considerando que você vai correr uma prova no domingo, siga essas dicas.

Domingo (sete dias antes da prova)
Faça o seu treino de simulação e tome exatamente o café da manhã que pretende tomar no dia da prova, testando os últimos detalhes. O iogurte faz com que você fique com azia, o mel não é o suficiente, precisas de um gel no quilômetro 7? Você perceberá tudo isso nesse “ensaio geral”.

Segunda a quinta-feira
Retire progressivamente os hidratos de carbono do jantar. Comece com a quantidade que você está acostumado a ingerir. No dia seguinte reduza para a metade, no outro para ¼ e, finalmente, não os inclua quando chegar quinta-feira. Faça os seus últimos treinos normalmente, sendo que em um deles você deve aumentar o ritmo. Retire também o leite da dieta, trocando-o por iogurte, e evite as comidas muito ricas em gordura, além de deixar de lado todo o tipo de bebidas alcoólicas e refrigerantes. Beba água o suficiente para que a sua urina esteja limpa e sem cheiro.

Sexta
Provavelmente esse é o dia em que você vai aproveitar para preparar todo o seu equipamento para o dia da prova. E nesse dia você deve fazer um jantar à base de massa, como espaguete com salmão e brócolis, por exemplo.
Evite as leguminosas e prefira sopa às saladas e verduras. Alguns atletas sofrem com flatulência e desconforto gastrointestinal quando não retiram as hortaliças da dieta nos dias que antecedem a prova. Se a sopa não tiver feijão, você não sofrerá desse problema.

Sábado
Beba água, muita água. E ingira de 500 ml a 1L de bebida isotônica. Termine o dia com um jantar à base de massa, até mesmo uma pizza. Mas não inclua molhos, muito queijo e peperoni em seu prato. Se escolher a pizza, aposte naquelas mais simples, com dois ou três ingredientes.

Domingo
O grande dia chegou e de nada adianta você ler essas dicas na véspera da prova. Coma exatamente os mesmo alimentos que você está acostumado a comer nos dias de treinos longos, reforçando as quantidades de banana, mel e cereais, e procure comer cerca de 2h antes da largada. Enquanto estiver aquecendo, beba de 50 a 100ml de água a cada 30 min. Para uma prova de 10 k você não precisa ingerir um gel a cada 3 k, mas pode guardar um para logo depois do aquecimento. Se você se adaptar, procure ingerir um gel que tenha cafeína na composição.

Na areia da praia

Corra neste cenário inspirador e melhore o seu desempenho


C orrer na praia é uma delícia


Por Marina Gomes

Correr na praia é uma delícia! E a melhor no­tícia é que você deve transferir parte de seus treinos para lá se quiser melhorar a sua performance. Isso porque a corrida na areia fortalece toda a musculatura envolvida no esporte, principalmente a parte posterior da coxa, panturrilha, lombar e abdômen. Tudo isso com um baixo risco de lesão. Estudos da Universidade de Western, Austrália, mos­traram que, na areia, todos os músculos da co­xa são mais utilizados que no asfalto e con­cluíram também que o treino na areia úmida leva a 30% menos impacto que na superfície rí­gida, caso do piso de rua. Na areia seca, esse valor foi 80% menor.
Na verdade, toda a biomecânica da corrida muda para se adaptar ao terreno instável. "Há uma maior inclinação do tronco para vencer a resistência e diminui o tempo da fase de voo", explica Alan Marques, coordenador-técnico da Speed Assessoria Esportiva, do Rio de Janeiro.
O treinador Michel Bogli, da Stark Assessoria Esportiva, de Fortaleza, aponta, ainda, outras modificações. "Na areia fofa, é preciso levantar mais as pernas, exigindo mais do corredor. Se for plana e sem inclinação, oferece amortecimento sem prejudicar a postura", orienta. Na areia fofa não faz diferença correr descalço (pode-se usar um tênis velho, já que é ape­nas para protegê-lo contra bolhas e calos). Quan­do a areia for batida, mais próxima à água, use o tênis para minimizar o impacto.

E lá se vão as calorias
Correr na areia proporciona um gasto energético quase três vezes maior que na grama. "Na areia, não dá para apoiar adequadamente a parte da frente do pé para gerar uma propulsão eficiente. O tempo de apoio do pé aumenta consideravelmente e, dessa forma, parte da energia do mecanismo elástico do músculo é dissipada, fazendo com que haja necessidade de gerar mais energia para continuar a passada. O gasto mais elevado também pode vir da maior atividade muscular, associado ao aumento da amplitude de movimento do joelho e do quadril", explica o educador físico Vitor Tessutti, do Laboratório de Biomecânica do Movimento e Postura Humana da USP.

Voe no asfalto
Quem já teve a oportunidade de correr na areia e, logo em seguida, foi para a rua certamente sentiu uma sensação de alívio, como se o exercício ficasse mais fácil. E é verdade. O treinamento na areia ajuda o desempenho, pois o terreno irregular e o maior atrito geram mais trabalho muscular, produzindo força e potência, que serão úteis depois, no asfalto. "Quando se corre em uma superfície instável, existe um aumento das cargas impostas à musculatura, que faz um excelente trabalho de potência, força, recuperação e propriocepção", diz Marques.
Um outro estudo da  Universidade de Western detectou que há um menor acúmulo de lactato nos atletas que treinam na areia, indicando que correr nesse piso reduz a fadiga metabólica. "Isso gera aumento de performance, já que quem utiliza a areia como ferramenta de treino vai precisar de um gasto energético menor e pode utilizar essa diferença para correr mais rápido, por exemplo", sugere Tessutti.

Cuidados
Um dos maiores benefícios da corrida na praia é que o maior amortecimento protege as articulações e ajuda a evitar as lesões. Mas não se pode descuidar. Nada de correr todos os dias na areia fofa, pois isso sobrecarregará os músculos responsáveis pela propulsão da corrida, podendo ocorrer as tendinites do tendão do calcâneo e do tendão patelar. O treinador carioca Joaquim Ferrari sugere que se capriche na sessão de alongamentos, pois a corrida na areia aumenta muito a sobrecarga no tendão de Aquiles.
Os iniciantes devem tomar ainda mais cuidado, pois não possuem músculos e articulações preparados para essa força extra. É bom lembrar também que não se deve correr em praias com declives.
"O treino na areia altera a posição do centro de gravidade do corpo levemente para a frente, o que pode causar uma sobrecarga maior da musculatura lombar, tornozelos e joelhos", alerta Bogli.

Treino ideal
A areia fofa permite um trabalho bem duro. Por isso, em seus primeiros treinos na praia, acostume-se a correr com tênis na areia dura, próxima à água, para só depois passar para a parte mais macia.
Para Bogli, o melhor treino na praia é o intervalado areia-asfalto, que aumenta a sobrecarga sem aumentar muito o impacto das pisadas. "Faça areia em ritmo forte e asfalto como intervalo ativo entre os tiros", sugere.
Você também pode tentar intervalados areia dura-areia fofa, fazendo tiros de 1 min em cada uma, correndo forte na macia e leve na areia dura na volta.
Outros bons treinos são os de ganho de força e resistência muscular e treinos regenerativos (baixa intensidade).

O corpo do esportista 4 receptores sensoriais – propriocepção e equilíbrio

O corpo do esportista 4: receptores sensoriais

Dizemos que estamos em equilíbrio quando somos capazes de anular as forças que nosso corpo gera. Isso acontece de forma contínua no esporte, quer dizer, necessitamos estabilizar segmentos e regular a postura não apenas para melhorar a eficiência do gesto matriz, mas para evitar lesões.
Saiba todos os detalhes dos receptores sensoriais e como eles podem ajudá-lo no esporte aqui!

domingo, 11 de dezembro de 2011

O slackline é para todos - parte 2

Na continuação da reportagem sobre o slackline, os especialistas dizem que o esporte não apresenta contraindicação e inclusive é praticado por deficientes visuais e portadores de síndrome de down, por exemplo. A ideia é que essas pessoas percam o medo e ganhem mais confiança, além de desenvolver a musculatura e ganhar força física. No caso das crianças, é interessante que elas tenham o acompanhamento de um adulto na hora de praticar. Apesar do slackline ter ganho notoriedade nas areais brasileiras, ele possui mais cinco modalidades:

Trickline: os adeptos utilizam posições mais estáticas em cima da fita, não há saltos acrobáticos.

Jumpline: a fita usada nesta modalidade possui 3 cm de largura e é bastante elástica. A ideia é que o praticante seja impulsionado para o alto, facilitando a realização de saltos e giros. Como permite uma série de movimentos, o jumpline é o mais indicado para queimar calorias.

Waterline: esta modalidade é praticada com uma fita em cima de um ambiente com água, como mar ou piscina. É uma forma divertida e segura de treinar as manobras mais ousadas do jumpline. "Quando a acrobacia sai errada, a pessoa cai na água e não se machuca", explica o especialista.

Longline: essa modalidade é parecida com o slackline, só que é praticada com uma fita maior, com cerca de 20 m de distância. Nesta prática, além de trabalhar a musculatura do abdome, pernas e braços, os adeptos também desenvolvem força nas costas ao se equilibrarem.

Highline: considerada a modalidade mais difícil e radical, é praticada acima de 5m de altura. Os adeptos mais radicais já andaram a 147 m de altura. Vale lembrar que nesta técnica os praticantes utilizam equipamento de segurança. "As pessoas são presas a uma corda de segurança, caso percam o equilíbrio na fita, que em geral é mais larga e suporta um peso maior", alerta.

Um pouco de história

O esporte chegou no Brasil em 1995, por meio de escaladores estrangeiros. No entanto, somente entre os anos de 200 e 2004 que a prática começou a ganhar adeptos no país, depois que um praticante fez o primeiro Highline na Pedra da Gávea, no Rio de janeiro. Esta cidade é, inclusive, a mais popular na prática do esporte, pela fácil oferta de espaços ao ar livre. Além do RJ, a atividade também pode ser encontrada em Brasília, Minas Gerais, Salvador, Fortaleza e São Paulo. "Apesar do grande número de adeptos nesses grandes centros, já é possível encontrar o esporte em quase todos os estados do país", comemora o especialista.

http://www.corremos.com.br/profiles/blogs/o-slackline-e-para-todos

Fique em forma com o slackline - parte 1




Você já conhece o slackline? Ele virou febre neste verão e invadiu as praias de todo país. O esporte, que geralmente é praticado ao ar livre, trabalha o equilíbrio e a coordenação motora dos adeptos. A graça da prática é tentar se equilibrar em uma fita esticada entre dois pontos fixos. De acordo com o diretor da Slack Brasil, Diogo Barboza, a atividade exige uma boa dose de coragem e ajuda a harmonizar corpo e mente.

"O equilíbrio é a chave do slack. Para deixar o corpo centrado e se manter em pé na fita é preciso concentração para deixar os pensamentos livres dos problemas. Com isso, o esporte contribui para diminuir o estresse, além de trabalhar a parte psicomotora e muscular, exigindo esforços principalmente no abdome, pernas e braços", explica.

Também conhecido como corda bamba, o slackline geralmente é praticado durante 2h diárias e pode ajudar a queimar calorias e, consequentemente, a eliminar os quilos extras. Os benefícios são tantos que muitos fisioterapeutas já indicam o esporte como forma de fortalecer a musculatura e evitar lesões. "Os praticantes suam muito para manter o equilíbrio. Aos adeptos de níveis mais avançados, é possível praticar saltos e giros na fita, que funcionam como atividade aeróbica. É uma ótima maneira de cultivar a boa forma", ensina o especialista.

As fitas usadas na prática do slack são feitas de nylon, com cerca de 1 cm de largura e esticadas de 7m a 12m de distância. Geralmente o material fica entre 30 cm a 1 m do solo. "Geralmente deixamos a fita na altura do joelho ou da cintura, para facilitar a subida no slack, sem precisar de apoio. A atividade costuma ser praticada ao ar livre por que oferece maior quantidade de pontos fixos para prender as fitas, como árvores e postes", esclarece Diogo.

Fonte: equipe Personare

http://www.corremos.com.br/profiles/blogs/fique-em-forma-com-o-slackline

Reportagem - Corrida requer preparo e orientação

Nos últimos meses, a corrida se tornou assunto de diversas matérias em jornais e revistas não especializadas. O esporte tem chamado cada vez mais atenção e o número de praticantes têm aumentado consideravelmente a cada dia. Mas é sempre importante ter alguns cuidados para evitar problemas e este é justamente o mote desta reportagem do Jornal Hoje em Dia (17/03/11). Confiram:

Especialistas alertam para o risco de bolhas nos pés, estiramento muscular e inflamação no joelho e luxação

Corredores de plantão engrossam o exército de atletas amadores que treinam em praças, parques e ruas de diversas cidades pelo Brasil. A atividade, considerada um esporte simples e forte aliada na perda de peso e no controle de doenças como diabetes, hipertensão e osteoporose, pode se transformar em prejuízo para o organismo quando realizada de maneira inadequada.

“As queixas mais frequentes de quem pratica corrida de maneira incorreta são bolhas nos pés, calos, chegando a lesões nas articulações e nos músculos”, explica o professor de Educação Física Níkolas Chaves, especialista em treinamento esportivo na área de musculação pela UFMG. “Não é porque muita gente pratica corrida que você vai colocar um tênis e sair correndo por aí”, alerta o chefe do departamento médico do Clube Atlético Mineiro, o ortopedista Rodrigo Lasmar.

A administradora Maria Vitória Cota de Abreu, 26 anos, sentiu na pele a dor das bolhas e calos provocados pelo uso de tênis inadequado para corrida. “Vivia com o pé cheio de esparadrapo até encontrar um tênis ideal para correr”, conta a atleta. Hoje ela usa um calçado com amortecedor, especializado para seu tipo de pisada, a chamada supinada - pé cavo, que pisa para fora.

Tênis gastos, desconfortáveis ou desenvolvidos para outras atividades, segundo Níkolas Chaves, podem causar lesões como estiramento e distensão muscular, inflamações nos tendões e luxação no tornozelo.

Sedentária e pesando 92 quilos, Maria Vitória pulou, em menos de dois meses, da caminhada para a corrida praticada cinco vezes por semana, na tentativa de emagrecer. Logo vieram as dores na perna e o diagnóstico de inflamação nos joelhos. “Só depois disso procurei um médico e um profissional de Educação Física”, confessa. Hoje, exibe silhueta enxuta de 64 quilos e manequim 42.

Para Rodrigo Lasmar, os iniciantes na corrida devem fazer avaliação completa com cardiologista, verificando pressão arterial, níveis de glicose e colesterol. Outra recomendação importante é consultar um ortopedista, que vai avaliar o nível de encurtamento muscular e desequilíbrio muscular do paciente, recomendando a atividade física mais adequada. “No caso de pessoas sedentárias, a musculatura mais fraca sobrecarrega a articulação”, esclarece Lasmar.

A adaptação à nova rotina de exercícios deve ser gradativa. “Para iniciantes, a recuperação depois do treino é bastante importante, assim como dosar a quantidade e a intensidade da corrida”, atesta Chaves.
 

Como é ser um atleta de alto rendimento no Brasil?

Qualquer pessoa hoje pode ser um atleta, mesmo de elite, mas um atleta de alto desempenho exige dedicação total e completa. É uma escolha de vida e de atitude, em que são necessários treinos de seis a sete horas por dia, descanso e alimentação regrados e uma fonte de renda (trabalho) adaptável que permita todo esse comprometimento.

A realidade brasileira não colabora para que esses profissionais floresçam e se multipliquem no país, mas existem sim alguns exemplares disponíveis como o triatleta e educador físico Thiago Vinhal (foto), que pratica esportes desde os três anos de idade e se tornou um atleta de alto rendimento aos 18 anos. Hoje, aos 27, ele treina para competições como Iron Man no Brasil e no exterior. “É preciso muita disciplina e estar sempre disposto a ultrapassar os limites de seu corpo e mente”, declara.

Thiago explica que todos que praticam seriamente, especificamente a corrida, estão em busca de uma boa performance, fazem musculação e seguem planilhas de treinos detalhadas, mas isso não chega nem perto do comprometimento do alto desempenho. “Um bom corredor, bem dedicado, chega a fazer uma média de 10 km em 35 minutos. Abaixo disso, só mesmo os profissionais alcançam pois podem se dedicar aos treinos sem se preocupar com trabalho e outros afazeres diários. Por isso é tão difícil se profissionalizar no Brasil. Precisamos trabalhar para nos sustentar pois não contamos com patrocinadores que invistam nos esportistas e, com isso, não temos tempo suficiente para alcançarmos a excelência”, explica.

Vinhal é treinador e encontrou assim uma forma de aliar sua paixão ao trabalho e driblar este problema, mas a busca de patrocínio é uma necessidade para que possa participar de competições e se dedicar totalmente.

Conheça os três pilares básicos

Para se tornar um atleta de alto desempenho é preciso seguir à risca os três pilares básicos: treinamento, descanso e alimentação. Parece simples, mas não é assim tão fácil.

Treinamento: o segredo é encontrar um bom treinador. A orientação correta faz toda a diferença. Alguém que tenha muita experiência e que seja especializado em alto desempenho. Todo o treinamento precisa ser minuciosamente preparado em curto, médio e longo prazos, em função dos resultados que se quer alcançar. A pessoa deve treinar alternando aquecimento, corrida, deslocamento, fortalecimento funcional e musculação, não menos que cinco horas por dia, sete dias por semana.

“A idade ideal para dar início a este tipo de treinamento é aos 17, 18 anos, pois a exigência física é extrema e se tem tempo para alcançar o máximo do potencial atlético necessário. As metas podem ser os Jogos Olímpicos e Pan-Americanos, mas infelizmente a falta de incentivos faz com que a evasão seja muita alta e não tenhamos esportistas brasileiros suficientes para participar dessas competições”, destaca o triatleta.

Descanso: Com o desgaste excessivo, o descanso se torna mais que essencial e não apenas o sono da noite, mas uma série de atividades especiais para recuperar o corpo deste tipo de atividade. É preciso praticar o descanso ativo e o passivo. Este último, engloba muitas horas de sono com qualidade, massagens, banheiras de gelo para relaxar os músculos, alongamentos e ações dessa natureza. Já o descanso ativo pode ser realizado com corridas regenerativas em grama, areia, estradas de terra e até mesmo na água.

Alimentação: o terceiro e último pilar exige muito cuidado. A contratação de um nutricionista especializado também é recomendada, assim como o uso de suplementos, dosagens certas de proteínas e carboidratos e isotônicos durante os treinos. “Pode parecer estranho, mas o atleta de alto desempenho precisa também
 
 
treinar sua alimentação. A vitória está nos detalhes”.

Mas é claro que existem diversos outros fatores em um treinamento especializado como vestimenta, locais apropriados e cuidados com a saúde. No caso de Thiago, por exemplo, ele gasta um tênis a cada um mês e meio de treinos, possui um podólogo de confiança e usa produtos adequados para evitar bolhas e lesões. “Ao viver o alto desempenho, aprendi a trabalhar o cansaço, ficar mais forte e superar meus limites. Descobri também quem eu sou, aprendi a sofrer e adquiri uma disciplina nunca antes imaginada. Um treinamento com qualidade de vida traz saúde, mas o alto desempenho te tira da zona de conforto e você se torna um exemplo para as pessoas. É a busca pela superação”, finaliza.

Nos próximos dias , Thiago participa do Iron Man. São 3.800 m de natação, 180 km de bicicleta e 42 km de corrida. O limite máximo de tempo para completar a prova são 17 horas, mas para um atleta de alto desempenho é preciso estar no sub 9 – abaixo de nove horas. Boa sorte!
 

Mar, doce mar




A água salgada é a forma mais econômica e completa de cuidar da saúde




Saiba o que a água salgada pode fazer por você



1. Aumento da capacidade respiratória: acredite, no litoral respiramos melhor, garantindo a chegada de mais oxigênio aos músculos. A combinação de umidade e temperatura altas e baixa pressão atmos­férica melhora a capacidade respiratória e aumenta a oxigenação dos tecidos.
2. Mais potência e força muscular: a água salgada e as ondas tonificam os músculos. Qualquer   movimento realizado na água obriga os músculos a trabalharem dobrado, com a vantagem de que ela não força as articulações e previne as lesões.
3. Antiestresse: bastam 5 min na beira do mar para que se note que ele tem um poderoso efeito antiestresse. O mar atua em todos os sistemas e órgãos do corpo e favorece o equilíbrio do sistema nervoso autônomo, provocando uma sensação de bem-estar.
4. Antigravidade: o corpo pesa oito vezes menos dentro da água do mar, motivo pelo qual o coração trabalha menos, ideal para quem está acima do peso e para as grávidas.
5. Anti-inflamatório: o banho de mar é um diurético eficaz, favorecendo a eliminação de líquidos retidos e diminuindo edemas e inflamações.
6. Estimulante da circulação: a pressão e a temperatura da água favorecem o retorno venoso, pois a pressão é maior quanto mais submerso está o corpo, fazendo com que o sangue flua dos pés ao tronco. Por isso, ajuda a aliviar os sintomas de varizes e das pernas pesadas.

O corpo do esportista 3: consumo máximo de oxigênio

Ele depende da capacidade que o organismo tem de captar, transportar e usar o oxigênio durante a atividade física




O corpo do esportista 3: consumo máximo de oxigênio


O consumo máximo é determinado pela capacidade de o organismo captar, transportar e usar o oxigênio durante a atividade física, por isso é um parâmetro que indica a capacidade aeróbica de trabalho e reflete de forma global o sistema de transporte de oxigênio da atmosfera até a sua utilização no
músculo. É um indicador fiel que indica a capacidade e eficiência aeróbia de uma pessoa. Quanto maior o consumo de oxigênio, maior o nível de condicionamento físico cardiovascular.

Veja como ele funciona aqui!

O corpo do esportista: sistema respiratório ( parte 2)


Ele é o responsável pelas trocas gasosas. Com uma maior taxa de oxigênio, há o aumento da frequencia respiratória





O corpo de esportista 2: sistema repiratório

Sua missão é a troca gasosa: encarrega-se da obtenção do oxigênio (O2) do ambiente, que vai ser usado para produzir energia, e é responsável pela eliminação do dióxido de carbono (CO2). A atividade física demanda mais oxigênio, aumenta a frequencia respiratória e movimenta os músculos respiratórios.

Saiba todos os detalhes sobre o sistema respiratório e como ele pode ajudá-lo a ganhar rendimento. Clique aqui!

Treino em circuito poupa tempo e rende o dobro

O método trabalha músculos e o sistema cardiovascular em 30 minutos


Falta de tempo para se exercitar é uma desculpa comum. E que cola, principalmente se você nunca teve o hábito de praticar um esporte ou frequentar a academia. Se você faz o tipo, precisa experimentar o treino do tipo circuito. Trata-se de uma mistura entre aparelhos de musculação e exercícios aeróbicos.

O número de aparelhos (aqui chamados de estações) utilizados varia de acordo com a combinação usada pelo professor e com os seus objetivos de treino. A coincidência, no entanto, vai agradar: basta menos de um minuto em cada estação para alcançar resultados.

"Step, cama elástica, halteres, corda, saco de boxe, caneleira, colchonete, bastão, power rubber e fitbal estão entre as opções possíveis em um circuito", afirma a professora Regina Bento Oliveira, da academia Contours, em São Paulo. O treino completo não passa de 30 minutos, mas os benefícios estendem-se por muito mais. 
  • Bom para poupar tempo - Getty Images
  • Combina exercícios aeróbicos e neuromusculares - Getty Images
  • Treino mesmo em condições climáticas desfavoráveis - Getty Images
  • Sem espera para usar um aparelho - Getty Images
  • Traz resultados em curto prazo - Getty Images
  • É altamente motivador - Getty Images
  • Dificulta a monotonia - Getty Images
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Bom para poupar tempo - Getty Images
Bom para poupar tempo

O treinamento em circuito é ideal para quem não tem muito tempo. "O circuit training é uma forma de treinamento que possibilita um gasto alto de calorias em um curto espaço de tempo. Isso acontece porque a intensidade dos exercícios é alta, não há intervalo para descanso", afirma Stanley Isaias, personal trainer da academia Vip Training, em Brasília.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Cuide dos olhos no verão


O sol já está dando o ar da graça. Por isso você precisa, antes de tudo, tomar cuidado redobrado com os olhos



Redobre o cuidado com os seus olhos durante a estação mais quente do ano


Tomar banho de sol, mar ou piscina, jogar vôlei de praia ou futebol de areia. Essas são situações corriqueiras durante o verão. Mas o que muitos não sabem é que a estação do ano exige um cuidado redobrado com os olhos. Não à toa. As doenças oculares aumentam consideravelmente no calor. "Em anos em que ocorre um surto de conjuntivite – doença mais comum no calor –, os consultórios ficam cheios", revela à SPORT LIFE Mário Motta, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
Os problemas não param por aí. As irritações químicas, que fazem com que os olhos fiquem vermelhos, e o excesso de sol também são comuns nesse período. "O uso de piscinas públicas e banhos de mar aumentam as ocorrências", salienta o médico. Para evitar problemas, o melhor a fazer é cuidar da higiene. "A maior vilã das doenças oculares no verão é a falta de higiene, pois as pessoas acabam tendo acesso a águas contaminadas, a toalhas com vírus e bactérias, fazendo com que as doenças se propaguem", alerta Motta. Por isso, lave as mãos sempre que possível. O uso de óculos de sol também é extremamente importante. Eles protegem contra os raios ultravioleta, responsáveis pela vermelhidão, a curto prazo, e, com o passar dos anos, por doenças como a catarata. "Nem todos os óculos protegem contra os raios. Só devemos usar aqueles que são certificados pelo Inmetro", lembra.
Motta comenta, ainda, que os atletas devem utilizar óculos de sol com lentes resistentes a impactos, pois, caso ocorra alguma complicação na hora do jogo, a lente não quebrará.

O corpo do esportista 1

Saúde

Saiba tudo sobre o sistema cardiovascular, o qual aumenta o rendimento do esportista
 
O corpo do esportista 1
O sistema cardiovascular é composto pelo coração e uma árvore vascular ramificada por todo o corpo, por meio da qual o sangue se encarrega de transportar oxigênio e nutrientes e recolher resíduos metabólicos. É um sistema que responde ao exercício físico cardiovascular, gerando adaptações que, além de aumentarem o rendimento, melhoram a saúde e a qualidade de vida do esportista.
Saiba tudo sobre o sistema cardiovascular neste esquema.

http://www.sportlife.com.br/index.asp?codc=1709

Princípios de treino para os 10 k


Dicas fundamentais para melhorar as suas marcas na prova que virou a paixão nacional

As provas de 10 k são perfeitas para que você coloque à prova o seu esforço nos treinos. Melhorar nos 10 k pode ser, assim, um desafio tão bacana quanto correr os 21 k.
Quilometragem recomendada. Procure correr entre 30 k e 40 k semanais se você faz os 10 k entre 50 min e 1 hora. Se quiser baixar dos 40 min, corra de 50 k a 60 k por semana.
Frequência. Para os 30-40 k, bastam três sessões semanais, mas se quer fazer a diferença, corra pelo menos quatro vezes por semana.
Séries. Mescle séries curtas (200-600 m) com séries longas (800 m a 2 000 m). Numa semana, você pode fazer dois circuitos de 5 repetições de 1 000 m e, na seguinte, três circuitos de 8 repetições de 200 m. Recupere no trote ou mesmo caminhando. Aqueça bem antes de começar e repita o mesmo no final, para desaquecer.
Rodagens. São o treino-base da sua endurance. Você deve cumprir sempre de duas a três com duração entre 45 min e 90 min. Nas rodagens mais longas, você deve manter um ritmo progressivo, acabando  em um ritmo forte e, nas mais curtas, corra em um ritmo confortável.

Prepare-se para a temporada de corrida

Abaixo, você encontra alguns mandamentos básicos que o ajudarão a se preparar sem ficar morto

1. Não corra mais nem mais rápido do que deve. Em outras palavras, procure otimizar seu treino para que fique o menos cansado possível. Se disserem a você que você pode correr a meia em 1h40 depois de seguir uma planilha de 50 k semanal ou depois de fazer outra de 130 k, qual escolheria? Atenção a essas promessas mirabolantes! Nem que você queira baixar o tempo da maratona para menos de 3h30 você deve correr mais de cinco dias por semana nem passar de 1h30 correndo no dia em que fizer o longão.

2. Evite lesões – Para que você não caia no truque das lesões, siga uma regra simples: mantenha o volume de treino em quilômetros ao menos por três semanas antes de aumentá-lo. Assim, o seu corpo terá tempo de assimilar o treino naturalmente e estruturas como tendões e articulações terão tempo suficiente para ficarem fortalecidas. Aumente a distância acrescentando um dia a mais de corrida com a mesma distância que a anterior, sem que isso ultrapasse 8 k ou 10 k.
3. Siga um programa de treinamento – Ele deve ser progressivo. A planilha ideal dura 20, 24 semanas ou mais e vai desde a formação de uma base sólida à melhora da resistência, passando pelo aumento de potência, velocidade etc. Assim, ela deverá ter longões, treinos regenerativos, séries, subidas etc. Acredite, poucos corredores seguem uma planilha a longo prazo, bem elaborada, com um objetivo final concreto.
4. Acelere sua passada – Analisando as corridas dos melhores atletas olímpicos de 5 000 m à maratona, observou-se que a constância e a regularidade na forma de correr eram as chaves do sucesso desses corredores. O ritmo da passada girava sempre em torno de 180 por minuto (cada vez que se apoia um pé). Conte, regularmente, quantas vezes o seu pé apoia em 6 s e observe que estejam em torno de 18.
5. Corra suave – Entre 75% e 80% da distância que você fizer por semana deve ser em ritmo suave, o que permitirá a você solidificar a sua base aeróbia. Você reforçará os músculos-chave da corrida, além de ligamentos e articulações. Corrida suave significa correr entre 55 e 75 s mais lento por quilômetro que o seu melhor tempo nos 5 k. Se faz uma prova de 5 k em 20 min, significa que o seu ritmo foi de 4 min/km, portanto, rodará suave correndo entre 4´55 e 6´15/km
6. Longões – Uma vez por semana, faça uma saída mais longa,  que gire entre 25% e 40% do volume, em quilômetros, que você corre semanalmente. Se está fazendo 30 k por semana, faça um longão de não mais que 12 k. A porcentagem diminui à medida que for fazendo mais quilômetros, até ficar entre 25%-30%.
7. Buscando o limiar  - Corra 12% da distância semanal no ritmo do limiar anaeróbio, ou seja, a aproximadamente 85% da FC máx. Correndo nesse ritmo, você melhorará a sua economia de corrida e a capacidade de o corpo reciclar o lactato que é gerado em altas intensidades. Outra referência da velocidade: ela deve ser entre 15 s e 25 s mais lenta que seu melhor ritmo de prova de 5 k.
8. Em ritmo de intervalado – Cerca de 8% da sua quilometragem semanal devem ser feitos em ritmo de intervalado, por meio de séries. Assim, você elevará o seu consumo máximo de oxigênio. Isso significa o seu ritmo de prova + 6 s a 12 s a mais por quilômetro.
9. Um pouco de intensidade – Cerca de 2% da distância semanal devem ser feitos em uma velocidade elevada. Esse ritmo permite melhorar a potência, a velocidade, a frequência de passada e, acostumando-se a ele, permitirá que você corra relaxado em velocidades altas. Esse trabalho deve ser feito em retas, logo depois dos longões, ou em séries de 200 m. Você tem de correr de 40 s a 80 s mais rápido que o seu ritmo de prova de 5 k. Se a sua cadência for de 4 min/km, terá de correr entre 3’20 e 2’40, o que significa fazer repetições de 200 m entre 40 s e 32 s.

Tire partido da esteira

Frio, chuva, preguiça. Quem nunca acordou com vontade de ir para a academia e não de correr no parque? Abaixo, alguns truques para aproveitar o equipamento ao máximo
Moderação é a palavra-chave

Siga as dicas abaixo e você certamente aproveitará mais o seu tempo quando correr na esteira.

Para começar – Regule a inclinação para 1 grau. Essa a maneira de compensar a falta resistência aerodinâmica que ocorre quando você tem de “empurrar” o ar à sua frente. Comece sempre mais lento, mais ainda se não está acostumado a correr na esteira.

A zona boa – Você tem de correr área da esteira em que as barras laterais começam a dirigir-se para o chão. Se você levar os pés muito para frente, eles poderão se chocar com a proteção de plástico. Mantenha postura, mas não olhe para os seus pés. Se a esteira não tiver barras, corra na parte central do equipamento.

Espelho, espelho meu – Um espelho é uma boa pedida para analisar a sua forma de correr e corrigir a técnica. Fixe-se nestes pontos:
a)  Corra mantendo reta a postura, com os ombros para trás e a cabeça erguida. Não leve o corpo para frente. Esse é um erro muito comum.
b) Mantenha os cotovelos flexionados a 90 graus o tempo todo, as mãos semifechadas e relaxadas.
c) O contato do pé deve ser com a zona entre o calcanhar e a zona média externa do pé e, em seguida, o pé deve ser inclinado para dentro (pronada), amortecendo o impacto da passada.