terça-feira, 5 de agosto de 2014

DISTENSÃO DA MUSCULATURA DA VIRILHA . . .


O que é a distensão da virilha? 





Distensão é um estiramento ou rutura de um músculo de um tendão. Os músculos da virilha ajudam a fechar as pernas. Existem dois músculos que normalmente se lesionam quando ocorre uma distensão da virilha, o Adutor Magnus (corre para baixo pela parte interna da coxa) e o Sartório (começa na parte externa do quadril, cruza a coxa e conecta-se perto da parte interna do joelho).


Como ocorre?
Ocorre, com maior frequência, durante corridas, saltos, arrancadas, viradas bruscas ou com a “abertura” excessiva da perna.
Quais os sintomas? 
Dor ao longo da parte interna da coxa ou na região da virilha ao juntar as pernas e, às vezes, ao elevar o joelho.
Como é diagnosticada? 
O médico pesquisará os sintomas e examinará a coxa e o quadril.
Como é tratada?
O tratamento pode incluir:
  • Aplicação de compressas de gelo na coxa por 20 ou 30 minutos, sendo que a cada 8 minutos de gelo deve-se fazer uma pausa de 3 minutos. Pode ser feita a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça.
  • Uso de anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes muscular.
  • Fisioterapia.

Enquanto a lesão não estiver totalmente recuperada, o desporto, antes praticado, deverá mudar para um que não piore a condição. Por exemplo: Nadar ao invés de correr.

Quando retornar ao desporto ou atividade? 
O objetivo da reabilitação é que o retorno ao desporto ou à atividade aconteça o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe a possibilidade de piora da lesão, que pode levar a um dano permanente.
Como cada indivíduo é diferente do outro, a velocidade de recuperação também é. Por isso, o retorno ao desporto será determinado pela recuperação dos músculos da virilha, não existindo um protocolo ou um tempo exato para isto acontecer. Geralmente, quanto mais rápido o médico for consultado após a lesão, mais rápida será a recuperação. Para retornar, seguramente, ao desporto ou à atividade é necessário:
  • Possuir total alcance de movimento da perna lesionada, em comparação a não lesionada,
  • Possuir total força da perna lesionada, em comparação a não lesionada,
  • Poder correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar,
  • Poder correr a toda velocidade, em linha reta, sem sentir dor ou mancar,
  • Poder fazer viradas bruscas, a 45º, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade,
  • Poder fazer o “8” com 18 metros, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade,
  • Poder fazer viradas bruscas, a 90º, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade,
  • Poder fazer o “8” com 9 metros, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade,
  • Poder pular com ambas as pernas e, depois, com a perna lesionada, sem sentir dor.
Como evitá-la?
A melhor maneira de evitá-la é com aquecimento e alongamento da região da virilha antes e depois de realizar as atividades. Isso é especialmente importante em atividades como corrida em velocidade e salto.
  • Exercícios de reabilitação da contusão ou distensão da virilha:
  • Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
  • A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc., e por isso, o tratamento não deve ser feito em casa e sem a supervisão de um profissional.
  • Os exercícios devem ter início após, aproximadamente, 2 semanas do começo da lesão, pois é nesse período que inicia a cicatrização.

1 – Adução e alongamento do quadril: 
Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés bem apoiados no solo. Suavemente, afastar os joelhos um do outro, tencionando os músculos da parte interna das coxas.



Manter por 20 segundos e repetir 3 vezes.


2- Alongamento na parede da musculatura isquiotibiais: 
Deitar de costas no chão, com as nádegas próximas ao batente de uma porta aberta, de forma que a perna sã fique totalmente estendida através dela. A perna lesionada deve estar levantada e encostada contra a parede, de modo que o calcanhar descanse contra o batente. Um alongamento muito forte será sentido, na parte posterior da sua coxa. Manter por 60 segundos e repetir 3 vezes.




3 – Levantamento de perna deitado de lado:A: Deitar sobre o lado lesionado, com a perna de cima dobrada e o pé posicionado sobre o solo à frente da perna lesionada, que permanece estendida. Elevar a perna lesionada, o mais que poder, mantendo os quadris firmes. Manter 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries. B: Deitar sobre o lado não lesionado, contrair os músculos da frente da coxa da sua perna lesionada e levantá-la, uns dez centímetros acima da outra perna. Manter a perna estendida. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries. Quando o levantamento de perna deitado de lado se tornar fácil, é hora de começar a fortalecer os músculos das suas coxas e virilha, fazendo o exercícios 4, com a faixa terapêutica (Thera-Band).




4 – Fortalecimento do quadril com resistência:
A: Flexão do quadril: Amarrar o Thera Band (faixa terapêutica) no pé de uma cama. Em pé, de costas para a cama, prender a faixa no tornozelo. Levar a perna para frente, mantendo o joelho estendido e contraindo os músculos da parte da frente da coxa. Sem inclinar o tronco para frente. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.



B – Extensão do quadril: Ainda em pé, virar de frente para a cama e manter a faixa terapêutica (thera band) amarrada no seu tornozelo. Levar a perna para trás, mantendo o joelho estendido, sem inclinar o tronco para frente. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
C – Abdução do quadril: Em pé, de lado para cama, com o lado não lesionado mais próximo dela. Manter a faixa em volta do tornozelo da perna lesionada. Com a perna lesionada estendida, levá-la para longe da perna boa. Retornar à posição inicial. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
D – Adução do quadril: Agora, com o lado não lesionado mais afastado da cama e a faixa envolta do tornozelo da perna lesionada. Manter a perna lesionada com o joelho estendido e levá-la através do seu corpo, afastando-a da cama. Retornar a posição inicial. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.

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